Luto e amor
Tendo-se o trabalho psíquico do luto como referência, Mello (2011), considera o amor como inerente a eros, pulsão de vida. Entende-se que a libido, quando livre, no processo do luto, já desvinculada do perdido, pode se ligar a objetos, ideias, a algo novo. É o esperado como conclusão de um luto.
O tema “luto e amor” nos remete à possibilidade da perda do amor. Isto ocorre principalmente na infância, quando diante de críticas e algumas proibições de condutas, por parte dos pais e/ou cuidadores,levam à internalização de certas normas, o que da origem ao supereu e ao ideal do eu.
A possibilidade da perda do amor dos pais, é algo que permeia a relação de um sujeito ao Outro, na sua constituição (Lacan).
A perda do amor e/ou de um amor, é o que se repete no decorrer da vida, nas relações com amigos, separações conjugais, termino de namoro, morte e/ou separação de familiares e pessoas próximas.
Perda de amor, pode ser o resultado de alguns eventos significativos como: morte de familiar ou pessoa próxima, separação conjugal e em geral no rompimento de alguns relacionamentos entre humanos, portanto quando o luto se faz necessário. Esta perda do amor pode ser tanto de um objeto amado como também da perda de um objeto para amar.
E, resta ainda uma pergunta a ser formulada para ser posta em trabalho, como trabalho de luto, de elaboração da perda: o que cada um perde em si com a perda de amor e/ou de um amor? Com que outras perdas se vincula? Quais os efeitos disso na realidade psíquica no curso da vida pregressa e futura?
“ O amor é uma espera e a dor a ruptura súbita e imprevisível dessa espera “. Nasio (1997)