“A morte que a vida leva e a morte que leva a vida”

“A morte que a vida leva e a morte que leva a vida”

Este dito de Freud, no nosso entender, condensa do que trata a psicanálise enquanto clinica, da pulsão de morte implicada no sintoma que diz de um sujeito. Isto e o que faz obstáculo a vida. Por outro lado a morte que da fim à vida, que diz da finitude da vida.
Mesmo tratando-se de diferentes significados à palavra “morte”, haverá uma relação?
Esta pergunta é o que nos põe em trabalho, é o que nos trabalha.
Pensamos na força constante da pulsão de morte, a ponto de levar de fato à morte, à finitude da vida. Ai se da um curso ou percurso protagonizado pelos processos do adoecimento, de sintomas manifestos no organismo.
Além das formações inconscientes que dão origem aos sintomas neuróticos, de ordem psíquica, parece que a pulsão de morte tem implicações também no adoecimento físico.
Estas idéias resultantes de muitos anos da pratica clinica principalmente nos serviços de saúde, assim como da busca de fundamentação desta e dos fenômenos sintomáticos, e de uma tese de doutorado, ainda sāo incipientes.
Na atualidade temos a categoria “vivência de perdas e o luto” como fator psíquico predisponente ao adoecer, do ponto de vista psiquico ou orgânico.
A vivência de perdas, diz da forma de cada um poder lidar e se posicionar frente a falta estruturante de um sujeito do inconsciente, portanto como tem elaborado na sua historia de vida, o complexo de castração.
Uma perda desencadeante de vivência de perdas, e um evento significativo, por afetar o sujeito em sua carência. Requer um trabalho psíquico, um luto. Quando uma perda poe um sujeito em falta.
E neste contexto que consideramos necessário o acolhimento ao luto, entendendo que a vivência de perdas ė equivalente à crise psicossocial e situação de estresse.
Nossa clinica com base nos fundamentos da psicanálise, esta centrada na investigação clínica e teórica da pulsão de morte, a vivência de perdas e o luto, nos processos do adoecer.